A Secretaria de Segurança Pública do Paraná diz que 20 policiais ficaram feridos. Os professores, em greve desde segunda-feira, protestavam contra um projeto de lei (PL) que altera a Previdência estadual. 5o3d5a



Crianças foram retiradas das escolas da região. “Algumas delas avam mal em decorrência do gás lacrimogêneo usado pelas forças policiais na Praça Nossa Senhora de Salete [localizada em frente a Assembleia Legislativa] para afastar os manifestantes”, informou em nota a prefeitura de Curitiba.
A confusão acabou depois que choveu forte no local. Os manifestantes, que saíram de várias cidades do Paraná, continuam na praça, onde planejam os próximos os da paralisação. O protesto reuniu professores dos ensinos fundamental, médio e superior. A maioira das universidades públicas do Paraná são estaduais.
Sete pessoas foram presas, segundo a Secretaria de Segurança Pública, “por envolvimento direto nos ataques aos policiais”. O governo do Paraná atribiuiu o confronto a “manifestantes estranhos ao movimento dos servidores estaduais”.
“Lamentável, cenas chocantes e indesejáveis. Arruaceiros, black blocs que partiram para cima de PMs, que preservavam a Assembleia. A agressão não partiu dos policiais. Eles ficaram parados para proteger o prédio da Assembleia Legislativa. A polícia não partiu para cima dos manifestantes uma única vez”, disse o governador do Paraná, Beto Richa.
Segundo a Secretaria de Seguraça, será aberto Inquérito Policial Militar, com participação do Ministério Público, para apurar as ações durante o protesto, que teve 1,6 mil policiais trabalhando na ação.
O Sindicato dos Professores do Paraná repudiou a ação policial. “Centenas de policiais foram deslocados, de todas as regiões, para a capital, apenas com o intuito de garantir a votação, na Assembleia Legislativa do Paraná, de uma proposta que poderia ter encontrado consenso, mas que, pela ganância e incompetência do governador, teve sua discussão atropelada”, diz em nota. O sindicato informou ainda que a greve continua.
Esta terça-feira foi o terceiro dia de protesto dos professores, que entraram em greve na segunda-feira (27). Eles são contra um projeto de lei encaminhado pelo Executivo para alterar a Paraná Previdência, regime de Previdência Social dos servidores paranaenses. O projeto foi aprovado, faltando concluir o texto final, para ser devolvido ao governo para sanção.
O Paraná Previdência é formado pelos fundos Militar, Financeiro e Previdenciário. O governo paranaense quer tirar 33 mil aposentados com mais de 73 anos do Fundo Financeiro, sustentado pelo Tesouro estadual e que está deficitário, e transferi-los para o Fundo de Previdência estadual, pago pelos servidores e pelo governo, que está superavitário. Os professores são contra o projeto porque dizem que vai prejudicar a aposentadoria dos servidores, para “salvar as contas do governo”. A categoria representa 70% do funcionalismo estadual.
Correio Brasiliense
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